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30/11/2016 | Atenção aos répteis

Espécies deste grupo de animais são mais ativas nas épocas mais quentes, entre a primavera e o verão.

Quando a temperatura sobe e o clima começa a ficar mais quente, eles aparecem. Às vezes perceptíveis, às vezes não. Este é o período em que a maioria dos répteis está em período reprodutivo e procura locais para termorregulagem, ou seja, para extrair do ambiente o calor necessário para a manutenção das suas funções vitais. É quando cabe, também, atenção redobrada para o risco de acidentes com picada de serpentes e aumento no índice de atropelamento destes animais em estradas.

 

Periodicamente uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) monitora o comportamento da fauna no entorno das obras de duplicação da BR-116/392, no Contorno de Pelotas, atividade prevista no escopo da Gestão Ambiental (STE S.A.). O biólogo Bruno Klotzel explica que os encontros com répteis nesta época são mais frequentes entre às 9h e 11h e às 15h e 19h devido à temperatura e também à noite, por ser quando as espécies saem em busca de alimento. “Os animais procuram locais com sombra próxima a corpos d’água ou vegetação, além de árvores e troncos”, disse.

 

Em 12 pontos distribuídos em até mil e quinhentos metros de distância das rodovias, dados de 25 campanhas mostram que o maior número de registros é de tartaruga tigre-d’água (Trachemys dorbigni), parrelheira (Philodryas patagoniensis) e lagarto-do-papo-amarelo (Salvator merianae). Além de ser o réptil mais abundante da região, facilmente encontrada em áreas alagadas tomando sol, a tigre-d’água é também uma das espécies mais atropeladas. “Nesta época é importante que os motoristas redobrem a atenção nas estradas, respeitando os limites de velocidade e sinalização, para sempre que possível evitar o atropelamento”, destacou o biólogo Andrews Duarte.

 

Com a maior movimentação destes animais, o risco de acidente ofídico também aumenta, ocasionado muitas vezes quando tenta-se matar o animal. O Ministério da Saúde orienta que, ao avistar uma serpente, o melhor é afastar-se. Em caso de acidente, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital, movimentando-se o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo e não se deve amarrar nem sugar o ferimento com a boca. No momento do atendimento, é importante informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal. 

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