A BR-116/392 está inserida no bioma brasileiro conhecido como Pampa. Este bioma, na planície costeira do Rio Grande do Sul, é caracterizado pela presença de campos, matas de restinga e banhados. Na área do empreendimento estes ambientes estão associados a áreas agrícolas e núcleos habitacionais.
As rodovias causam impactos ambientais seja na sua construção ou operação. No caso dos impactos gerados a fauna, a construção da rodovia demanda em primeiro momento a supressão de vegetação ação que diminui e divide o entorno natural (sejam campos, banhados ou florestas), fenômeno conhecido como fragmentação de habitat. A fragmentação do habitat vem a ser maximizada pela presença da rodovia, o que provoca o efeito barreira já que a estrada impede a mobilização dos animais de um lado a outro, dificultando o sua dispersão no meio natural. Já na operação da rodovia o impacto mais significativo é o atropelamento de animais silvestres, que transitam a procura de áreas naturais para reprodução, alimentação ou refúgio. Todos estes impactos (fragmentação, efeito barreira e atropelamento) podem ocasionar mudanças de comportamento e alteração da composição e estrutura das comunidades naturais. Isso significa que a relação entre o número de espécies, número de indivíduos de cada espécie e como eles se mobilizam na natureza são modificados, afetando por vez os processos ecológicos que poderiam se entender como os normais ou saudáveis num ecossistema.
Para entender, identificar e mitigar os impactos à fauna que são causados pela rodovia é desenvolvido o Programa de Monitoramento de Fauna - Espécies Bioindicadoras e o Programa de Levantamento Mitigação e Monitoramento dos Atropelamentos de Fauna.
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