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02/10/2015 | Faça chuva ou faça sol

Monitoramento do atropelamento de fauna é realizado a cada dois meses na BR-116/392.

Não importa a previsão do tempo. A cada dois meses uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) percorre a BR-116 e BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, para monitorar o atropelamento de fauna. O objetivo é quantificar a mortalidade de animais silvestres no trecho do empreendimento, identificar os locais críticos e avaliar medidas de mitigação. Na última semana, dos dias 21 a 25 de setembro, a 27ª campanha foi realizada mesmo com as fortes chuvas.

 

As rodovias são responsáveis por interligar municípios, escoar produções e permitir a comunicação entre comunidades. Elas, no entanto, se relacionam também com o meio biótico, cruzando áreas naturais e diferentes biomas. Por isso o estudo sobre atropelamento de fauna silvestre é um assunto estratégico para o DNIT. Em cerca de 5.500 quilômetros de rodovias federais são executados 20 programas de monitoramento de atropelamento de fauna de acordo com o que é estipulado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

 

Previsto como um dos programas desenvolvidos pela Gestão Ambiental da BR-116/392 (STE S.A.), o monitoramento é feito mediante a visita e percurso às rodovias. Em um veículo, os técnicos percorrem o trecho a 40 km por hora em busca de carcaças e cada encontro é registrado por meio de fotografia, georreferenciamento, identificação de espécie, entre outros dados. Durante a última campanha 92 animais atropelados foram encontrados, destacando-se a pomba-de-bando (Zenaida auriculata) com 11 registros, o ratão-do-banhado (Myocastor coypus) com nove e a tartaruga-tigre-d’água (Trachemys dorbigni) com cinco. Desde abril de 2011 foram contabilizados 2.601 indivíduos, sendo a cobra-d’água (Helicops infrataeniatus) e o gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) com maiores índices de atropelamento.

 

Alguns dispositivos podem ser agrupados a duplicação com o intuito de minimizar o contato dos animais com o fluxo de veículos. Na BR-116/392 há 17 estruturas com este potencial, sendo que quatro foram construídas exclusivamente para passagem de fauna e outras são adaptações de dutos de drenagem, pontes ou viadutos. Desde maio de 2014, monitoramentos pilotos bimestrais são realizados em uma das estruturas para verificar a sua utilidade. Espécies como teiú (Salvator merianae), gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), furão (Galictis cuja), preá (Cavia sp.) e tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) já foram registradas pelas armadilhas fotográficas utilizando as estruturas. 

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