24/06/2015 | Educação Ambiental em sala de aula
Os processos de licenciamento de empreendimentos que causam impactos na natureza devem desenvolver atividades de Educação Ambiental como forma de medida mitigadora decorrente das atividades construtivas sobre os grupos sociais afetados. Conforme as orientações da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e das diretrizes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o objetivo é pautar pedagogicamente os princípios da participação e da socialização de informações, incentivando que as comunidades se apropriem das ações que visam preservação e equilíbrio ambiental. Desde o segundo semestre de 2012, este tem sido um dos objetivos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a partir das obras de duplicação da BR-116/392.
Seja nas comunidades lindeiras ou nas 12 escolas mapeadas pela Gestão Ambiental da BR-116/392 (STE S.A.) no Contorno de Pelotas, o Programa de Educação Ambiental – um dos 18 Programas Ambientais propostos pelo DNIT ao IBAMA no Plano Básico Ambiental (PBA) – trabalha a temática de uma forma continuada. Na última semana, a equipe iniciou o retorno às escolas levando o resultado das ações realizadas desde o início da duplicação, no que compreende a fauna, flora e os meios sociais. Com dois formatos, um que dialoga a partir do livro “Nossos bichos: guia de animais da região de Pelotas e Rio Grande – RS) e outro que utiliza material audiovisual, a Escola Estadual de Ensino Fundamental (E.E.E.F.) Dr. Armando Fagundes foi o primeiro educandário a receber a apresentação, na quinta-feira (18/06).
Mateus da Silva Peter, oito anos, estuda no 3º ano e já sabia definir a palavra extinção. “Conforme vão pescando, eles vão acabando, até que eles não existem mais”, disse. Com algumas páginas do livro ampliadas, a equipe mostrou aos pequenos como as espécies buscam ser preservadas durante a execução de uma obra de infraestrutura rodoviária. “Aprendi muita coisa, por exemplo, sobre os bichos, como o cachorro-do-mato, e que os animais ajudam na natureza”, falou. Rafaela Moraes da Silva, 11 anos, é estudante do 6º ano e lembrou-se das atividades anteriores que foram realizadas na escola. “Antes eu não sabia como os animais utilizavam as passagens de fauna, agora através dos vídeos eu sei”, disse.
O educandário, que tem 490 estudantes, está localizado em uma das áreas envolvidas diretamente com a duplicação, o bairro Fragata. “Este trabalho foi muito bom para a escola porque boa parte dos nossos alunos mora no Passo do Salso e precisa cruzar a rodovia diariamente para vir estudar. Com estas atividades eles estão sabendo como vai ficar depois das obras e como isto vai favorecê-los”, ressaltou a vice-diretora, Rosi Mari Costa Godoy. O cronograma para o segundo semestre deste ano é levar as apresentações até às escolas e instituições onde já foram realizadas palestras de introdução do empreendimento. “Nosso objetivo é levar a contrapartida do que foi executado em relação ao meio ambiente no âmbito da duplicação, apresentando os resultados do trabalho desenvolvido pela Gestão Ambiental para os estudantes inseridos nas comunidades envolvidas com o empreendimento”, falou o coordenador do Programa de Educação Ambiental, Cauê Canabarro.